Como encontrar o melhor imóvel?
Garimpar imóveis pelo Filtro do cliente é o modo mais eficaz.
Como Comprar na Garimpo imóveis e montar a proposta de compra de um imóvel
Encontrar o imóvel que tem o jeito que a gente quer é um momento muito bacana.
Agora é
hora de agir para se tornar um feliz proprietário. Você resolveu fazer uma proposta. Quanto
mais você souber – em termos práticos e legais – menos riscos vai correr.
Conseguir montar uma proposta de compra de imóvel que seja adequada às suas necessidades
e condições e, ao mesmo tempo, interessante também para quem está vendendo é um
diferencial relevante numa mesa de negociação.
Se você quer conhecer um pouco mais sobre o que é esse conceito, como a proposta deve ser
elaborada e qual a sua importância, continue lendo nosso artigo.
Ok, você quer desconto
O imóvel tem o que você queria, cabe mais ou menos no seu bolso, a localização é bacana e
você resolveu fazer uma proposta… inferior ao valor da oferta. Você tem todo o direito de
propor um valor inferior e tentar negociar. Assim como o vendedor tem todo o direito de não
aceitar.
Você pode mencionar que terá gastos com reforma, ou pra deixar tudo do seu jeito, e pedir
esse valor de desconto. Se você vai pagar à vista ou dar uma grande entrada em dinheiro,
enfatize esse ponto. Se você tem dinheiro na mão, use-o para aumentar a credibilidade da sua
posição.
Mas além de pensar no menor preço, ainda tem muita coisa que você precisa saber sobre o
assunto. Independentemente do valor, coloque sua proposta no papel.
1º passo: entender o que é uma proposta de compra de imóvel
Tem gente que chama de proposta de reserva, outros de proposta de compra de imóvel.
O
objetivo é o mesmo: ao enviar o documento, você manifesta a intenção de reservar o imóvel.
A proposta de compra de imóvel é o principal documento que deve ser apresentado antes do
fechamento de contrato.
Traz detalhadas as negociações estabelecidas entre vendedor e
comprador, as informações do imóvel e as intenções de ambas as partes.
A proposta de compra não é uma escritura. Ela não transfere o bem de proprietário, nem
funciona como um instrumento legal para obter exclusividade na aquisição do imóvel.
Em essência, é como se você dissesse ao vendedor: “oi, quero comprar seu imóvel. Você aceita
o meu preço?” Vale acrescentar os termos do negócio (data de validade e tempo de espera
por um retorno do vendedor, por exemplo). A elaboração da proposta de compra de imóveis é
essencial para evitar problemas futuros. Através dela, você se previne de possíveis
complicações e facilita os processos burocráticos da negociação.
Dessa forma, você terá mais tranquilidade ao assinar o contrato final e até mesmo depois
disso.
2º passo: reunir as informações necessárias
Uma proposta de compra deve ser clara e objetiva, detalhando informações tanto do imóvel à
venda quanto de quem está interessado em comprá-lo.
Uma boa proposta traz:
dados pessoais do proprietário (nome completo, contato);
informações sobre o imóvel (endereço, laudo completo);
dados da imobiliária e corretor responsável pelo atendimento;
valor do imóvel proposto pelo comprador e a forma de pagamento;
data do documento;
assinatura do comprador.
3º passo: conhecer as consequências da negociação
Mas enviar a proposta não significa necessariamente fechar negócio. Tudo depende de quem
vai recebê-la. Podem acontecer três situações distintas:
_aceite: é o “sim” dado pelo vendedor, aceitando os termos e valores que você propôs;
_contraproposta: é o início de uma negociação, na qual o vendedor vai apresentar os termos
pelos quais aceitaria fechar a transação;
_recusa: por algum motivo, o vendedor não aceitou as condições e não pretende fazer uma
contraproposta.
Quando a proposta é aprovada, a imobiliária elabora o contrato que contempla os detalhes
que foram acertados.
4º passo: colocar o planejamento em ação
Na verdade, esse deve ser sempre o primeiro passo. É com base nesta etapa de análise que
você vai identificar o tipo de imóvel que deseja e o quanto você pode investir no seu sonho.
Aqui, é fundamental também conhecer os custos extras envolvidos na compra de um imóvel.
São custos relativamente altos, como o imposto de transmissão de bens imobiliários (ITBI) –
que apresenta uma taxa específica em cada município. Não seja pego de surpresa. Com um
bom planejamento, antes mesmo de fazer sua proposta, você já sabe o quanto pode negociar
e também os valores mínimos e máximos que deseja atingir para a compra do imóvel.
Vai financiar? Atenção!
Você deve ficar muito atento a todas as condições envolvendo o negócio. A taxa de juros e as
taxas administrativas, por exemplo, devem caber em seu orçamento tanto em curto, quanto
em médio e longo prazo. Faça simulações e avalie quanto realmente vai custar o imóvel antes
de fazer a sua proposta de compra e venda de imóvel. Os valores relativos ao financiamento
dizem respeito inteiramente ao interessado, e não ao vendedor.
É possível fazer uma proposta condicionada à aprovação do financiamento. Isso precisa ser
especificado no documento. Se for obtido o empréstimo, o vendedor é obrigado a vender para
o comprador e o comprador é obrigado a comprar do vendedor. E, no caso de não conseguir a
liberação do crédito, deverá escrever uma notificação ao vendedor até determinada data,
informando o fato. Então, poderá cancelar o contrato e o depósito que fez deverá ser
devolvido a ele, e os direitos e obrigações entre as partes deixarão de existir.
5º passo: cuidado com a documentação
_do imóvel
A documentação do imóvel precisa estar em dia. A falta de algum comprovante pode atrasar a
concretização do negócio.
título de propriedade com registro
certidão negativa de ônus reais e de IPTU
averbação da construção junto ao registro de imóveis
registro de ações reipersecutórias e alienações
cópia do boleto com registro de pagamento da taxa de cadastro e avaliação
carta de habite-se
planta baixa
certidão enfitêutica (para edificações construídas em terreno foreiro)
_do vendedor
A documentação do vendedor é tão importante quanto a do imóvel e do comprador. Ao lado
da avaliação e da proposta de compra do imóvel, é o primeiro passo para a aquisição. Se o
vendedor é pessoa jurídica, observe: a cópia do CNPJ e a cópia autenticada do contrato social,
a documentação registrada na Junta Comercial de alterações no contrato, certidão de quitação
de tributos de contribuições federais e certidões negativas.
Ainda tratando-se do vendedor, é preciso observar as certidões negativas relativas ao cartório
de protesto, ações cíveis, falência e concordata, na justiça do trabalho, executivos fiscais,
municipais e estaduais e justiça federal.
_do comprador
O comprador deve apresentar, principalmente nos casos de compras por financiamento,
cópias de documentos como:
RG
CPF
certidão de estado civil
escritura pública de pacto antenupcial
comprovante de renda atualizado
certidão de quitação de tributos federais (no caso de ser comerciante)
certidões negativas (Justiça Federal; ações cíveis; executivos fiscais; protesto de títulos; débitos
CND/INSS; interdição, tutela e curatela; dívida ativa da União se for comerciante)
Se o nome do vendedor não estiver limpo, não feche negócio até ele não regularizar a
situação. Não se sinta pressionado em fechar um negócio com alguém que está com o nome
sujo.
Se você conseguiu chegar em um acordo com o vendedor, dificilmente a proposta de compra
do imóvel não irá resultar em negócio se a documentação estiver correta.
Juntamente com a apresentação da documentação, é solicitado um sinal financeiro – um valor
que comprova o seu interesse no negócio e, posteriormente, será incluído na entrada do
imóvel.
6º passo: formalize tudo por e-mail
Durante a negociação, registre tudo aquilo que foi acordado – pode ser por e-mail. Com isso,
você consegue evitar atritos com o vendedor ou mesmo o corretor e gera uma garantia a mais
para que o acordo seja plenamente cumprido.
7º passo: analise o contrato
O contrato é a etapa seguinte ao aceite de sua oferta de aquisição imobiliária. Aí, sim, as
informações possuem caráter legal, pois ele vai servir como instrumento jurídico para que o
acordado seja cumprido.
Erros mais comuns
Agora que você aprendeu mais sobre como montar uma proposta, que tal ficar por dentro das
falhas mais comuns que acontecem nessa hora?
_deixar de fazer a proposta: não fique apenas no acordo verbal. Todos podem sair perdendo,
pois não há um documento para assegurar as garantias e as formas de pagamento. Caso haja
algum problema no futuro, você não terá argumentos para provar sua situação. Evite essas
situações a todo custo.
_não citar valores exatos: a proposta precisa conter os valores exatos estipulados pelo
comprador e o vendedor. Assim, todos os envolvidos estão de acordo com o que foi
combinado e o pagamento pode ser efetuado de maneira correta.
Lembre-se também de estipular a retenção do pagamento ao vendedor caso exista alguma
pendência financeira, como o atraso no pagamento do IPTU ou condomínio – são dívidas do
antigo proprietário. Assim, você não é prejudicado e ele deverá resolver esses problemas para
voltar a receber o pagamento.
_não atualizar a proposta após as negociações: é normal acontecerem várias negociações em
um processo assim. Proposta, contraproposta… em todos os casos, essas alterações devem ser
realizadas em seus documentos. Mas algumas pessoas se esquecem disso e acabam passando
por situações complicadas. Sempre mantenha sua proposta de compra de imóveis atualizada.
Quebra de contrato
Não é um cenário que a gente gosta de ver, mas acontece. Tanto quem está comprando
quanto quem está vendendo devem ter uma compreensão clara de que imprevistos
acontecem. Assim, é importante prever em contrato o que ocorre se uma das partes não
cumprir a sua parte. Não cumprir com as obrigações ou fazer algo que não deveria ser feito,
segundo o contrato, concede à outra parte certos direitos legais.
De olho em todos esses passos, você vai antever problemas, agilizar as burocracias e contornar
imprevistos. Com uma proposta clara e coesa, você terá total confiança para assinar na linha
pontilhada.
E você, já está preparado para dar este passo importante? Compartilhe sua história com a
gente.
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